Através do comércio e da conquista, os nômades das estepes divulgaram a equitação por todo o Velho Mundo. As primeiras comunidades agrárias a adotar o cavalo foram as civilizações asiáticas para se defenderem dos ataques das cavalarias nômades, seus vizinhos ao norte. Mas o modo de vida sedentário modificou intrinsicamente o relacionamento homem-cavalo. Nas culturas assentadas, o cavalo passou a participar cada vez mais do desenvolvimento econômico e cada vez menos da vida privada do cavaleiro. Neste meio ambiente, o homem e o cavalo perderam o seu estreito convívio, e isto desorganizou completamente a cultura eqüestre inventada pelos nômades, onde a relação era baseada na convivência íntima entre cavalo e cavaleiro. O estreito inter-relacionamento com o cavalo deu ao nômade grande compreensão da psicologia e da fisiologia eqüina, que se traduziu na sua extraordinária habilidade eqüestre.